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HAGAMENON DE JESUS
( BRASIL – MARANHÃO )

 

Especialização em ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL
2000 – 2001  -  Universidade Estácio de Sá  -  Orientador: Wagner Ramos Pereira

Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Direito / Subárea: Direito Público/Especialidade: DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
2008 – Atual  -  Faculdade São Luís   - Professor  Enquadramento Funcional: PROFESSOR DE DIREITO PENAL, Carga horária: 8

2007 – 2008  - Faculdade do Maranhão
Vínculo: PROFESSOR, Enquadramento Funcional: PROFESSOR DE DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL, Carga horária: 8
2006 – 2006 - Faculdade de Educação Santa Terezinha
Vínculo: PROFESSOR, Enquadramento Funcional: PROFESSOR DIREITO PENAL, Carga horária: 8

2004 – 2005 - Associação de Ensino Superior
Vínculo: PROFESSOR, Enquadramento Funcional: PROFESSOR DIREITO PENAL, Carga horária: 12

 

ATO – REVISTA DE LITERATURA.  NO. 7 Belo Horizonte: Gráfica e Editora O Lutador,  janeiro de 2009.  Editores: Camilo Lara, Rogério Barbosa da Silva e Wagner Moreira.  21,5 X  52 cm.  52 p.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda 

 

ÀS VEZES, O QUE SOU POEMA...

                       Às vezes
em mim
este poema é só ausência
é quando sou

no individual discurso
azul metálico
ou vermelho
ou cinza prateado
do meu sistema.

às vezes
(ah minhas crianças de batons cintilantes, amigas minhas
ou do monza!)
às vezes,
em si,
o que sou poemas,
se extravia em chaves, menina,
é só ausência...

 (JESUS, Hagamenon de.  The Problem e/ou poemas da transição.
São Luís: Edição do Autor, 2002).


PELOS VIDROS DAS JANELAS INTRANQUILAS,
PRECE

 

  Vai amanhecer.  Todas as pessoas (as outras)
estão dormindo.
Um poeta acorda seus olhos, com eles
e nossas ansiedade
aguarda
a enchente dos ônibus da manhã.

(Há momentos de tanta poesia,
que não se consegue escrever)
“O que se pode carregar
nos ombros da esperança?”

Ainda era algas a noite, naquele momento
quando lhe falaram
sobre pontes e eternidade,
que as pombas são como a esperança,
e que não se sentarão sobre as segundas-feiras.
Há momentos em que tudo o que se precisa     
é confessar, quem sabe.

Em retalhos os passos de que lhe foi permitido,
na realidade de quem conhece as leis
e nas suas usuais certezas de voos espaciais
e pasmo,
anda. E todo o andar é reticente,
do que sabe o quanto tudo é certo
e, por isso, impreciso.

Os seus olhos são antigos, como um relógio,
e o seu relógio, que é como
seus olhos (antigos), não possui mostradores luminosos.
A penumbra... e estas incertezas contínuas...
“No final, nunca se sabe mesmo que horas são!”
O tempo (não se engana)
sempre foi uma estranha criatura da McDonald´s,
o tempo sempre foi
uma estranha e vertiginosa criatura
que canta pneus
e devora
a cada momento a nossa eternidade.

“É por isso que temo
ser o que sou”, ser todo como um animal
do dia. Ser como um animal do dia é ser todo o amianto...
Do metal, os metais. O Metal.
“A porra para estas metáforas alegóricas!”
O fato
é que agora o silêncio já se foi...

Aperta o pause no vídeo
(e não soube bem por que),
O homem e sua perplexidade,
a perplexidade, e o homem
por trás dos vidros das janelas
intranquilas
ergue-se para si, o homem,
e está acordado:
homem e deus de tudo que hesita.

                      Mas fiquem tranquilos,
nem todos estão dormindo...

(Uma alface nasce   
para a alegria, pelo menos biológica, do pobre)

Há momentos de tanta poesia
que não se consegue escrever.

(Id. Ibid. 2002)



 
PERDA

Não se perde
o Sol
que se esconde a cada dia
não se perde.

O vôo
do pássaro, desconhecido,
de gaivota
andorinha: intenção sem rastros,
não se perde,    
não se perde
uma só que seja das andorinhas.

Não se perde
o fruto
da goiaba
o fruto (mesmo se está
bichado) da goiaba.

Na Natureza ,
a sua transformação,
nada
se perde, em verdade,
nem os nossos ossos sem história.

Perda
só podem ser os nossos sonhos,
só podem ser os nossos desejos
indefesos
mais que o cair da tarde
mais que o cair da tarde.

(Id. Ibid. 2002)                      


*

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Página publicada em março de 2024

 

 

 
 
 
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